A PINTURA DE IVAN MARINHO
Círculo, roda, ciranda. Mancha cósmica. Explosão vulcânica.Movimento vivo em permanente expansão.Útero.Gestação.Posto em diálogo aberto e franco com a pintura de Ivan Marinho, esses sentimentos me assaltam e emocionam.Esse círculo eletrizante, sei que é o povo: o de Ivan, o meu, o de todos nós brasileiros, pulsando, "frevendo". Povo que canta, que dança inventando tudo que denominamos Cultura Brasileira, "mestiçaria" explícita. Aqui está a vitalidade explosiva de nossa gente expressa com paixão, nas formas e cores do poeta Ivan Marinho.Creio que é dessa paixão, dessa imersão na vitalidade dos povos de todos os tempos humanos, que nasce a grande ARTE, aquela que permanecerá nos re-alimentando: humanidade em eterno FAZER-SE.

Urian Agria de Souza
Artista, professor de Artes-plásticas da PUC-Rio.

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ivanartemarinho@hotmail.com (fone: 81 - 35183125)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Inclusão do aspecto religioso na Mostra Bacamarte em Pernambuco, de Ivan Marinho


A Mostra Bacamarte em Pernambuco, do artista plástico Ivan Marinho, segue os passos de seu autor quando expressam suas práticas. Envolvido, naturalmente com as manifestações culturais de sua região, o autor viveu por dentro o mundo da Capoeira - vivenciando por 18 anos a prática-, do Maracatu Nação - como puxador de loa do Guerreiros de Oyó -, do Coco-de-roda - convivendo e criando o Encontro Pernambucano de Coco -, dos Cordéis, recebendo o Prêmio Patativa do Assaré do Ministério da Cultura e, principalmente, liderando a brincadeira do Bacamarte em todo o estado de Pernambuco.
Com base nestas vivências, bem como no mundo do trabalho
, é que o autor se declara um nordestino do Brasil, cultivado no mundo da classe trabalhadora, um artista trabalhador. "Os mundos são distintos. Neste mundo real, qual conceituava Machado de Assis, a vida nos convoca à luta cotidiana e a criatividade é um imperativo de sobrevivência. Traduzir os memes do mundo do trabalho, com todos os seus improvisos em busca da felicidade é tarefa prioritária de quem deste mundo emerge. Nossos referenciais (embora adormecidos na maioria) são de coletividade, de espécie, enquanto os de outros são os de individualismo e acúmulo, portanto, crio como quem detona um bacamarte, gritando: Acorda Povo!".

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