Embora não se autodefina intelectual, tampouco acadêmico, "muito menos erudito", Ivan Marinho participa da discussão estética e filosófica. Reconhece a influência de Van Gogh, de Gauguin, reverencia Volpi, cita figuras como Carlos Penna Filho, Ferreira Gullar, Agnaldo Farias e articula teorias singulares sobre a arte e os artistas. Para o poeta e pintor, "a sensibilidade e a percepção estética podem, perfeitamente, ser desenvolvidas através das experiências da vida humana; no entanto, como pensava Mondrian, a gênese propulsora desta disposição individual é a insatisfação com o mundo real".
É essa insatisfação com a realidade que faz com que Ivan Marinho busque, com as pinceladas, com a palavra, com o folclore ou, raras vezes, com a escultura, a "transcendência", a superação, em uma sociedade que ele classifica como "pragmática e temporal", na qual "a finitude cria, dia após dia, o homem descartável, a vida banal e a arte lixo, desprezível".
E ao denunciar, ele encontra eco nos seus mestres na militância literária como o premiado Alberto da Cunha Melo que, na apresentação do livro "Anti-horário", ressalta o "voo" que Ivan consegue fazer, a partir de sua perplexidade, de suas indagações, de suas provações.
Trecho da reportagem de Andréa Moreira, intitulada O Mundo de Ivan Marinho, publicada na revista Cidade Nova em agosto de 2007
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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
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